quinta-feira, 3 de abril de 2014

Sketch #2

    Conviver é difícil.
    ...
    ...
    É complicado explicar mais que isso, se trata de uma síntese (relativamente) universal. 
    Quando avaliando o que escrever aqui a ideia inicial era apontar "filhos da puta" que em dado momento são X contigo e logo depois Y, porém isso não é verdade e sim uma observação egoísta.
    Ninguém é obrigado a gostar de ti ou te tratar bem e existem variadas situações sociais que demandam determinada conduta que não necessariamente precisa ser mantida após essa situação. É como a relação aluno-professor em que muita "amizade" cria problemas, ou de acadêmicos entre si, colegas de trabalho and so on.
    É estranho estar quase íntimo de alguém em dado momento e logo depois em tamanha distância, mas é como as coisas são, aceite ou se mude pra uma caverna e viva com outros animais.
    Apesar de que conviver com estes é igualmente difícil.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Sketch #1

    Ontem, final do BBB. Nada de novo, nada de mais. Como tanta gente nesse mundo, aprecio meu desgosto por esse tipo de entretenimento. Porém, tudo é matéria de pensamento.
    Um milhão e quinhentos mil reais foi o premio que seja lá quem foi levou. É bastante dinheiro, não tanto como parece, e muito mais do que participantes de outros programas de natureza semelhante costumam ganhar. E por quê?
    Além do tempo de exposição e do tamanho da audiência, acredito que o valor agregado a esses participantes é igualmente determinante.
    Em um reality show como o BBB, todo e qualquer participante encerra sua participação com o status, ou o valor, de Celebridade "temporária". Sem dúvida uma enorme fonte de oportunidades, porém nenhum de seus valores pessoais ou capacidade profissional é destacado durante o programa, então cabe a esse participante um forçoso rebolado para direcionar esse status para algo realmente produtivo e que lhe garantirá alguma prosperidade.
     Já em outros programas, principalmente os de enfoque profissional, os participantes são expostos para um público mais especializado, que provavelmente terá um interesse mais duradouro naquilo que o participante oferece, agregando um valor muito mais elevado do que o efêmero do BBB.
    Somente mais uma afirmação de que o valor não possui preço.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Paranóias da linguagem #1


          Ah... a língua... que coisa linda... que coisa fantastica... que filha da putisse... ai ai....
  
          Paranóias da linguagem... que seria isso?

       Bem... ja disse Paulo Ronai, e tantos outros antes dele, que "ninguém pensa além da língua"... Como um surdo pensa então? Como um DM que não adquiriu linguagem pensa então? Como assim. eu não penso além da língua?

    Nosso pensamento é condicionado a nossa linguagem.. Linguagem, num sentido semiótico, pode ser dita como um conjunto de signos, ou seja palavras, gestos, simbolos, desenhos, cores, movimentos... Toda e qualquer coisa que possa servir de referência a outra, e cuja referenciação seja imbuída de significado. Muito simples...

       Digamos assim, sabem o Nietzsche certo? Ele nunca teria feito o que fez se não tivesse nascido alemão. Se fosse britânico, seria bem diferente. Isto por que cada língua possui signos diferentes que se referem a coisas iguais ou diferentes aos signos de uma outra língua, em maior ou menor intensidade.

      A linguagem é uma das coisas mais estranhas que a humanidade já inventou, contudo é dessa loucura linguística que viemos, porque no inicio havia o verbo, e dele 

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Crônica #1

    É um lugar escuro, o som dos meus passos me fazer pensar que é um chão de pedra, áspera e umida, mas não consigo ver se é assim. A sala parece grande, meus passos ecoam em qualquer coisa adiante, demoram a voltar, mas voltam mais fortes, como se eu estivesse andando atrás de mim mesmo e ouvisse meu próprio passo vindo em frente. Realmente não se assemelhava à eco, nem a pedra áspera e umida. Como dizer que é aquilo que não se compreende?